quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Turismo no Egipto

O Egipto fez grandes progressos na maioria das infra-estruturas turísticas e na oferta de serviços aos visitantes (contudo permanecem alguns obstáculos).
Geralmente, as principais cidades têm sinalização (informação) adequada, mas na maioria dos monumentos ainda faltam painéis informativos, de sinalização e de identificação apropriados. Um dos legados do antigo Egipto ao mundo moderno foi a burocracia com que os turistas de hoje têm de lidar (procedimentos formais e informais, muitas vezes em números desconcertantes). Com seis mil anos de história, os egípcios parecem não ter tanta pressa como o resto da humanidade.
Quase todos os habitantes das cidades falam um pouco de Inglês e Francês. No sector do turismo, os trabalhadores estão habituados a que os turistas não falem árabe, falam inglês o suficiente para os ajudar no que for preciso. Contudo, nunca é demais saber algumas palavras e frases em Árabe, assim como reconhecer algarismos, poderá ajudá-lo a lidar com o dinheiro, e ser capaz de agradecer irá, com certeza, agradar ao seu interlocutor.
Além de estar duas horas adiantada em relação ao tempo médio de Greenwich, o país usa o seu próprio conceito de tempo, conhecido como o tempo “IBM”, as iniciais de “Inshallab, Bokra e Moalesh”.
“Inshallab” (queira Deus) é uma forma de lembrar “ALÁ” em todos os actos, embora, por vezes, no contexto de turismo, sugere que algo poderá ou não acontecer.
“Bokra” significa literalmente (amanhã) mas pode ser usado para significar dois dias, duas semanas, ou talvez nunca.
“Moalesh” significa (não te preocupes, esquece isso...).Normalmente, os egípcios não gostam de desiludir ou dizer que não aos convidados. Assim sendo, deve ter uma postura de persistência, e bom humor se pretende saber se, ou quando um determinado acontecimento vai ter lugar.
No Egipto, os visitantes, mesmo que não se identifiquem com o Islão, são bem vindos nas mesquitas. Porém, é aconselhável pedir permissão antes de visitar qualquer mesquita fora do Cairo e da Alexandria, onde os habitantes estão pouco habituados a ver turistas.
À excepção de algumas mesquitas como a de “Al-Hussein”, “Sayyida Zeinab”, a maior parte dos locais religiosos no Cairo, são vistos como monumentos históricos abertos a não muçulmanos das 9h às 16h.As mesmas regras aplicam-se nas visitas a mosteiros, mas não é necessário tirar os sapatos.
Os não muçulmanos não podem visitar mesquitas durante as orações, e algumas delas, não recebem visitas de todo.
Informe-se e descalce-se antes de entrar.Os homens não poderão entrar de calções e as mulheres, preferencialmente, devem entrar de cabeça e braços cobertos, saias e vestidos longos.
O Egipto é um dos países muçulmanos mais liberais do médio-oriente, e os seus cidadãos são reconhecidos pela tolerância, generosidade e hospitalidade. No entanto, a presença de hotéis de cinco estrelas, estâncias balneares, casinos e outros sinais da cultura ocidental, como telemóveis, carros de luxo e bares com venda de álcool, podem levar um turista a pensar que o Egipto é mais liberal do que de facto é. É, ainda, um país extremamente conservador e os valores dominantes são os islâmicos. Para se aproximarem de povos realmente acolhedores, os visitantes têm de se aperceber destes valores e alterar a sua forma de vestir e o seu comportamento de acordo com eles.
Os visitantes também se devem lembrar que é proibido fotografar pontes, aeroportos, barragens, edifícios governamentais, bases militares, ou tudo aquilo que possa ser importante em termos de segurança. Apesar do tamanho e da densidade populacional das cidades, o Egipto é um dos países mais seguros do mundo para os viajantes. Porém, na zona conhecida como Egipto central, que inclui as cidades de Minya, Asyut e Sohag e também os locais históricos dos túmulos de Beni hassan, Tell Al-Amarna, Abydos, Denodara e vários mosteiros pode torna-se perigoso. O terrorismo é uma grande preocupação para os governantes egípcios, principalmente após o massacre no templo de Hatshpsut, em Luxor, a 17 de Novembro de 1997, em que manifestaram a sua determinação em prevenir futuros ataques a turistas e aumentaram os níveis de segurança nos locais históricos.


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